Aceitação não é resignação! Confuso?
Tais conceitos são muitas vezes confundidos, no entanto a sua
essência é notoriamente distinta, como se pode comprovar pelo respetivo significado:
=> A primeira referida, aceitação, tem origem no termo latim "acceptatĭo", que significa aprovação, dar por certo/válido, consentimento ou receção de algo de forma voluntária e sem oposição.
=> A segunda, resignação, constitui o acto de se submeter ao desejo de uma outra pessoa; de se ser submisso a ação do destino. Ao longo deste capítulo aprofundar-se-á estes dois conceitos, estabelecendo significados mais profundos, de maneira a permitir a sua desmistificação.
=> A primeira referida, aceitação, tem origem no termo latim "acceptatĭo", que significa aprovação, dar por certo/válido, consentimento ou receção de algo de forma voluntária e sem oposição.
=> A segunda, resignação, constitui o acto de se submeter ao desejo de uma outra pessoa; de se ser submisso a ação do destino. Ao longo deste capítulo aprofundar-se-á estes dois conceitos, estabelecendo significados mais profundos, de maneira a permitir a sua desmistificação.
Para
aqueles que olham para o mundo com uma perspetiva interventiva não é fácil falar de aceitação.
A ideia de aceitar algo pode ser diretamente e erroneamente associada a
conformismo, frustração, submissão e, consequentemente abatimento e
desistência, ou seja, resignação. Esta atitude não é a forma como os humanos
conceberam o mundo, nem a existência humana. Se a humanidade se tivesse
resignado perante os obstáculos que tem vindo a enfrentar nunca teria sobrevivido
enquanto espécie.
A
aceitação tem que ser vista como etapa de um processo que compreende muitas
outras etapas em direção à mudança e ao crescimento pessoal, assim conseguir-se-á
interpretá-la como algo fundamental, até
para a própria sobrevivência. Aliás, a aceitação é justamente considerada como
um dos cinco ingredientes que explicam a sobrevivência e a sanidade mental de indivíduos
que se confrontam com experiências profundamente dramáticas, já que esta é
apenas uma etapa, um pequeno troço de caminho que é preciso percorrer para
chegar aquilo que é próprio do Homem, ou seja, a transformação do mundo e da sua realidade e não a simples resignação.
O poder da aceitação - o poder da mudança.
O poder da aceitação - o poder da mudança.
Pode
parecer paradoxal, mas para haver mudança tem que se começar por identificar os
aspectos da experiência de cada um que não se pode mudar e, aceitá-los. Contudo,
o caminho não termina aí, pois é justamente dessa aceitação que é possível
identificar o que é possível mudar e, então, dirigir a jornada para metas muito
mais realistas. Nesta perspetiva, a aceitação do que não se pode mudar permite
parar de consumir tempo e energia com o que é infrutífero e dirigir a jornada
para o que é passível de sofrer mudança e intervenção. Aceitar, torna assim os nossos
esforços mais eficazes e é um excelente método de aprendizagem.
Controlo Vs Liberdade (o poder da aceitação => o poder da confiança)
Esta atitude é particularmente frutuosa para aqueles que vivem permanentemente a tentar controlar tudo, na expectativa de que nada corra de maneira diferente do planeado. Tal facto pode ser compreensível em algumas situações e, até desejável, mas é simultaneamente esgotante e faz perder a oportunidade de vivênciar experiências que poderiam proporcionar muito prazer e crescimento pessoal.
Se os indivíduos não permitirem que a “corrente” os leve, se não confiarem na vida, não possibilitam a autoexperiência do que é novo, do que é surpreendente, do que é a sensação de liberdade que advém de não se ter a necessidade de controlar tudo e, no fundo, do que é a aventura e o mistério da vida.
E sobre resignação? Interessado? Leia mais aqui.
Fontes:
http://www.stopcancerportugal.com/2016/05/16/aceitacao-ou-resignacao/
http://www.stopcancerportugal.com/2016/05/16/aceitacao-ou-resignacao/
Sem comentários:
Enviar um comentário